Visita do Papa: uma grande jogada!

Quando a gente estuda marketing na universidade e isso que acontece: varias das coisas que vemos rolando por ai tem tudo a ver com o tal do marketing. Passamos a enxergar estratégias e planejamento em todo e qualquer lugar. O simples fato de seu cachorro te dar as boas vindas (pulando feliz da vida, lambendo e etc.) quando você chega em casa pode ser considerado marketing, pois no fundo ele só faz isso para ser agraciado com o que você estiver comendo em sua próxima refeição. Pensam que isso não se trata de marketing? Sim, se trata, e o chamado marketing de relacionamento.

Agora vamos pensar em algo mais grandioso, que tem a intenção de afetar milhões de pessoas, de proporções mundiais. O que vocês acham da visita do Papa Bento XVI ao Brasil? Segundo as teorias de marketing propostas por Philip Kotler, cabe aqui uma analise dessa vinda do pontifíce ao nosso pais.

Antes de qualquer coisa, pra quem já estudou marketing com certeza sabe quais são os 4 P’s do marketing, chamado de mix de marketing. São eles: preço, produto, praça e promoção. E e nesse contexto que podemos analisar quais foram as estratégias e intenções da igreja católica nessa visita.

A igreja católica tem perdido muitos fieis nos últimos tempos, seja pela simples incredulidade de muitos que acabam por abandonar ou pelo fato das mortes das pessoas mais velhas e com isso a não renovação dos fieis (os jovens de hoje só querem saber de sexo, drogas e rock’n’roll).

A igreja católica notando tudo isso, elaborou um plano de marketing para angariar novos adeptos e ate mesmo trazer de volta as ovelhas desgarradas. Para isso, primeiramente ela decidiu onde esse plano poderia ser eficiente, e constatou-se que o Brasil era o lugar ideal, uma vez que este era o maior pais católico do mundo (sim, já foi um dia, não e mais!). Dentro do mix de marketing, o Brasil será chamada de praça, ou seja, o ponto de venda!

Depois disso, o mais importante: qual será o produto? Pra quem ta acompanhando tudo fica fácil de deduzir: o nosso Frei Galvão! Quer algo melhor pra atrair os fieis do que canonizar um santo brasileiro? Chega ate ser algo absurdo ele ser o primeiro genuinamente brasileiro a se tornar um santo de verdade, depois da igreja católica já ter distribuído mais de 500 canonizações.

Escolhido o produto, como será feita a divulgação, a chamada promoção? Sem divulgar, o produto não vende, lógico! Quer algo, ou melhor, alguém melhor do que o Papa Bento XVI pra divulgar a igreja? Ele seria uma espécie de Alemão (campeão do ultimo Big Brother) que anda por ai fazendo lançamento ate de fabrica de pregos e parafusos... Todos concordam que ele e um ótimo chamariz, não? Com o Papa acontece o mesmo, não há ninguém melhor do que ele pra promover um produto católico, já que ele e a autoridade máxima da igreja.

E qual será o preço a ser pago pelo produto? Alem de estarem passando a famosa caixinha pras mais de 45 mil pessoas que tão lá marcando presença durante a missa que ta rolando agora em Aparecida (que vai bancar a excursão da galera do Vaticano), um substancial aumento do dizimo pode ser esperado por todos.

E através dessa estratégia de penetração no mercado que a igreja deposita suas esperanças de conquistar de volta o Brasil. Não sou nenhum especialista em marketing, mas visto tudo isso que foi feito, fica difícil não acreditar que esse e um ótimo plano, já que foram utilizados os melhores recursos que os marketeiros tinham a disposição.

UPDATE: colaborou comigo A Francesinha

Dr. Spock